A Commercial Aircraft Corp of China e a Boeing anunciaram hoje um acordo de colaboração em áreas que permitam o crescimento da indústria da aviação comercial na China e, potencialmente, em todo o mundo. Este acordo é a primeira colaboração entre COMAC, que está construindo o novo jato C919 e o jato regional ARJ21, e a Boeing, que este ano celebra o 40º aniversário de fornecimento de aeronaves comerciais e de serviços para a indústria chinesa de aviação.
Como parte do acordo, as duas empresas vão criar o Centro Tecnológico em Aviação Boeing-COMAC de Conservação de Energia e Reduções de Emissões em Pequim. Financiado por ambas, o Centro Boeing-COMAC vai apoiar projetos de pesquisa para aumentar a eficiência energética da aviação comercial e reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa. Os fabricantes de aeronaves também concordaram em ter compromissos de liderança anuais e compartilhar suas previsões sobre o mercado de aviação comercial.
A cerimônia de em Pequim contou com a presença do presidente do conselho da COMAC, Jin Zhuanglong, o presidente da empresa He Dongfeng e o CEO e presidente da Boeing Commercial Airplanes, Jim Albaugh.
“Através deste acordo de colaboração, a Boeing e a COMAC irão construir nosso relacionamento e promover o crescimento sustentável e a eficiência de combustível para o mercado de aviação chinês, que está em rápido crescimento”, disse Albaugh.
“Nosso novo Centro de Tecnologia mostra que as duas empresas, em uma indústria competitiva, podem ser parceiras e superar os desafios importantes que não podem ser resolvidos por uma empresa sozinha. Isso é bom para os clientes e ageiros e é a coisa certa a fazer”.
O Centro Tecnológico Boeing-COMAC de Conservação de Energia de Aviação e Redução de Emissões ficará localizado no Centro de Pesquisa Tecnológica de Aeronaves Civis da COMAC, em Pequim. As empresas irão colaborar com universidades baseadas na China e institutos de pesquisa para expandir o conhecimento de tecnologias – como biocombustíveis sustentáveis de aviação, infraestrutura de conectividade de aviação e outras áreas – que melhoram a eficiência energética da aviação comercial ou reduzir as emissões de carbono da indústria. As empresas irão selecionar, juntamente, e subsidiar cada projeto de pesquisa.
“Este acordo celebrado entre Boeing e COMAC é resultado de quatro décadas de parceria da Boeing com companhias aéreas, agências governamentais, fornecedores e institutos de pesquisa para dar e ao desenvolvimento da indústria de aviação chinesa”, disse Marc Allen, Presidente da Boeing na China. “Esperamos que tecnologias inovadoras de redução de emissões, desenvolvidas pelo Centro Boeing-COMAC, irão avançar a aviação na China e ao redor do mundo”.
A China é um dos mercados de aviação que mais crescem no mundo. O Departamento de Aviação Civil da China prevê que o tráfego de ageiros na China irá superar 300 milhões este ano e alcançará 1,5 bilhão de ageiros em 2030. A Boeing estima que as companhias aéreas chinesas precisam adquirir cinco mil novas aeronaves até 2030 para atender esta demanda extraordinária.